Durval Carvalhal

Fazer de cada queda um passo de dança.

Textos


A POLÊMICA COM CLÁUDIA LEITE

               Durval Carvalhal
 

Retrato, perfeitos, arrogante, mulher, cinzento, colete,...


       A elegância é uma das mais belas virtudes de uma pessoa, mormente de uma pessoa pública. Quem não entender isso, expõe-se ao ridículo, fecha portas e cria inimizades, o que não é bom.

       Um grande problema da vida é que “narciso acha feio o que não é espelho”. Tudo aquilo de que não gostamos não presta. Que pena!

       Gosto é coisa pessoal. Ninguém é obrigado a gostar de tudo; sobretudo, no mundo da música, que é muito vasto e se divide em gêneros. Nem Cristo agradou a todo mundo.

      A cantora Cláudia Leite é boa profissional, canta bem e é afinada. Seu grande problema está no seu repertório, como já salientou Maria Bethânia em relação à Daniela Mercury, e no gênero escolhido, o axé musique.

       O axé, irmão do pagode, tem alta importância sociocultural. Muitos artistas, predominantemente negros ou afros descendentes, que normalmente seriam desempregados ou subempregados, como já ponderou Alcione, estão ganhando muito dinheiro, sustentando suas famílias e dando emprego a muita gente, confirmando a assertiva de Eric Form, segundo o qual, é nos esportes e na música, que os negros podem se sobressair com mais facilidade, porque não há chefes para lhes tolher os caminhos do sucesso.

       O estilo musical é problema de cada um, o que importa é o tratamento artístico que o artista dá à canção. O axé music contempla os elementos básicos da música: ritmo, melodia e harmonia. O problema crucial desse gênero é sua execução: a grande maioria dos cantores não tem voz aprimorada, desafina e não apresenta boa interpretação; os arranjos não são de ótima qualidade; a postura do cantor é precária; a letra deixa muito a desejar e é apelativa; o barulho é enorme, transformando a música em ruído repetitivo e irritante, adequada para quem se contenta com qualquer coisa. Daí, em grande parte, sua rejeição.
As respostas de Cláudia Leite são de uma grosseria torturante. Demonstra uma pessoa intranquila, insegura e incapaz de absorver críticas.

       Falar mal de colegas em público é antiético; mas, ela fala mal de artistas estrangeiros de forma lamentável, como quem quer aparecer, e ela não precisa disso, pois já é um nome nacional.
Por outro lado, a carta aberta a ela é um primor, lúcida, bem escrita, contundente e gostosa de ler.

     Cláudia Leite precisa de um bom assessoramento e entender um pouco mais de Marketing Pessoal. O público é cliente, e com cliente não se briga. Ele é exigente, exige respeito, profissionalismo e bons produtos ou serviços do artista; além do mais, elegância é se fazer notar sem querer aparecer.



 
Durval Carvalhal
Enviado por Durval Carvalhal em 07/05/2012
Alterado em 19/12/2014


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras