Durval Carvalhal

Fazer de cada queda um passo de dança.

Textos


 
CARTA DE ALFORRIA

     

Durval Carvalhal


 

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Vendendo flores de Jasmim,
Conheci uma Rosa de Marfim,
Com duros espinhos nos seios,
Enchendo-me de enleios.

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No jardim onde furtava
As belas flores de malva,
Sempre via aquela Rosa
Altiva, bela e gabosa.

 III

Seus passos de deusa
E sua graça de rainha
Eram como vinha,
Floresta densa e difusa.

 IV

Mas, para que tantas flores,
Que não valem uma Rosa?
Preferi, então, uma prosa
Com aquela fonte de amores.

 V

Negro liberto e bravo,
Rasguei minha carta de alforria
E voltei a ser escravo
Da mulher que eu amaria.



 
Durval Carvalhal
Enviado por Durval Carvalhal em 06/10/2012
Alterado em 17/08/2020


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