São 22 horas.
Chove muito, meu amor,
E a distância que nos separa
É a cousa mais horrendo do mundo.
A sua nobre presença,
A doçura da sua voz,
A imponência dos seus gestos,
Tudo isso me faz bem, me anima e me dá vida.

Mas “longe de ti, tudo me enoja e me aborrece”, diria Camões.
O amor é o veículo que conduz o ser humano à felicidade.
E todo homem busca-a com denodo e intrepidez.
Daí, a logicidade de Platão:
“Aquele que não ama, caminha no escuro”.
E graças a você, meu bem,
Eu caminho alegre e álacre pelas claridades.

Não sei quem amou mais:
Se Napoleão a Josefina,
Se Romeu a Julieta,
Se Castro Alves a Eugênia Câmara,
Ou eu a você.

Duvida?

Oh! Não! Não Creio!
O meu coração, verdade,
Não é um terreno sáfaro,
É, sim, uma terra assaz fértil,
Onde, por minuto, brotam mil flores de afeição,
Por você,
Que é a estrela mais fulgurante
Da colossal constelação das mulheres divinas.
Mas, longe dos olhos não quer dizer longe do coração.
E é por isso, tempo, que eu lhe peço:
Corra! Corra! Corra lépido...
E pare...
Quando eu estiver com o meu AMOR.