CARTA DE ALFORRIA
Durval Carvalhal
Vendendo flores de Jasmim, Conheci uma Rosa de Marfim, Com duros espinhos nos seios, Enchendo-me de enleios. ll No jardim onde furtava As belas flores de malva, Sempre via aquela Rosa Altiva, bela e gabosa. III Seus passos de deusa E sua graça de rainha Eram como vinha, Floresta densa e difusa. IV Mas, para que tantas flores, Que não valem uma Rosa? Preferi, então, uma prosa Com aquela fonte de amores. V Negro liberto e bravo, Rasguei minha carta de alforria E voltei a ser escravo Da mulher que eu amaria. Durval Carvalhal
Enviado por Durval Carvalhal em 06/10/2012
Alterado em 20/11/2024 |