DILEMA DE DILMA E SEU PROJETO
Durval Carvalhal Difundiu-se a ideia, nessas eleições presidenciais de 2014 no Brasil, de que não se tratava de simples contenda entre Dilma Rousseff e Aécio Neves; mas, sim, entre dois projetos de sociedade. Sem dúvida, o problema não é, realmente, Dilma. O grave problema é que as raízes da árvore dilmista ou petista flertam e dialogam com as raízes da árvore ditatorial marxista. Se o marxismo funcionasse, eu estaria na linha de frente. Mas não funciona. É um projeto inexequível e desumano, porque negador das liberdades civis e humanas. Quem lê Marx com atenção e faz reflexão, percebe claramente isso. Não precisa nem evocar a antiga União Soviética que, depois de 72 anos, caiu fora. Sem dúvida, não pode prosperar um sistema que abomina Deus e nega as liberdades fundamentais para a felicidade humana. A democracia é o melhor ambiente político para se nascer, viver, progredir e ser feliz. Para sobreviver, o ser humano precisa de bens e serviços. Extinguindo-se a propriedade privada, quem vai produzir bens e serviços na quantidade desejada pela sociedade, se o estado é impotente para isso? Quem? A propriedade privada deve ser expandida e não extinta como prega o comunismo. Quanto mais proprietário, melhor. Uma coisa é um latifúndio. Outra coisa são vários minifúndios. Em Cuba, não vi uma carroça, uma lanchonete, uma farmácia, uma sorveteria, um restaurante, um barzinho, uma loja. Nada. O pouco que se tem é do estado. Isso nos remete a Nietzsche em Assim Falava Zaratustra: “Estado chama-se o mais frio dos monstros. Mente também friamente. E eis que mentira rasteira sai da sua boca: Eu, o estado, sou o povo”. No frigir dos ovos, o marxismo é a privatização de um país em nome de um grupo, ou uma nova classe dirigente, que vai tomar conta do cofre da nação para se enriquecer, mandar, desmandar, e o povo que se dane. Para isso, o primeiro ato é anular a democracia. E como democrata convicto que sou, não posso e nem vou aceitar essa ignomínia. Tem sentido Cuba, em 55 anos, só ter tido dois presidentes, e da mesma família? Afinal, Cuba é dos cubanos ou de uma família? O Brasil deve continuar de todos os brasileiros ou de um pequeno grupo ou uma nova classe dirigente (feroz)? Política é ciência, que reclama pesquisa e muito estudo. É fundamental ler Marx e refletir para não apoiar hoje os inimigos de amanhã. E convém não esquecer a lição de Ho Chi Minh: “Os olhos têm que ver longe”. Durval Carvalhal
Enviado por Durval Carvalhal em 27/10/2014
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