Durval Carvalhal

Fazer de cada queda um passo de dança.

Textos


APOSENTADORIA: ADEUS, AMIGOS!



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Caríssimos colegas e amigos,
 
          Vocês são tantos (graças a Deus), que não é possível citar o nome de todos. Diante de uma população imensa, resta-me lançar mão de uma amostra para me despedir da faina bancaria.

      No dia 30 de junho, quinta-feira, estarei aposentando-me. São 32 anos como bancário. Encontrei no banco uma grande universidade. De 13 de junho de 1973 até hoje, só fiz aprender. A vida é luta. Invade-me uma profunda alegria pela certeza de ter travado um bom combate. Foi aqui que aprendi a dominar a vontade e coordenar os impulsos; e a força bruta, quando norteada pela inteligência, produz maravilhas. Foi aqui que compreendi a necessidade da autodisciplina.

                 Foi uma gostosa e vitoriosa caminhada. “Vim, Vi e Venci”. Os louros da vitória cingem minha testa. Mas, a vitória de uma pessoa não é só dela. Pertence ao mundo que a cerca: aos familiares, amigos e colegas. Até mesmo aos adversários que, no dizer do filósofo, são grandes colaboradores na trilha da senda do sucesso. Afinal, como quis Ortega, “o homem é ele mesmo e suas circunstâncias”.

               Curvo-me diante de vocês pelo carinho e atenção recebidos. Meus ouvidos sempre estiveram e sempre estarão atentos para ouvir as palavras da boca autorizada de cada um. É sabedoria imitar seus bons exemplos e seguir seus passos firmes.

        O tempo é inflexível. Embota tudo. Todavia, envidarei todos os esforços para que ele não apague a saudade que já começo a sentir de todos. Mas, já se disse que “a distância pode separar pessoas, nunca corações”.

              Aposento-me do banco, mas não da luta. Eu não sou louco! Estou apenas migrando para a área educacional, (a não ser que pinte outra coisa). Deverei lecionar Português e Marketing Pessoal. Alias, fui convidado para participar do curso de Gestão Imobiliária, lecionando Marketing Pessoal. Exigiram-me uma apostila, que a fiz de afogadilho, e, com a devida permissão, compartilho-a com os prezados amigos.

            A amizade verdadeira é um bem que normalmente só se acaba com a morte de alguém. Eu não pretendo morrer tão cedo. Vocês, também. Portanto, temos muito que conversar, discutir, rir, gargalhar e aprender.

            “A vida tem momentos brilhantes que compensam a dor de viver”. E como Deus foi generoso comigo, apresentando-me a vocês, que alegraram e robusteceram muitos dos meus momentos brilhantes!

          Nesses 11 (onze) meses de adição na agência Salvador-Comércio, colhi os mais doces frutos que um bom aluno poderia colher.

               Saio profundamente sereno, feliz e agradecido pelo amadurecimento obtido e pelo aprendizado cotidiano nas relações profissionais e interpessoais.

                 Sei que o melhor de mim é muito pouco, mas foi o que pude oferecer de forma honesta. Perdão por não ter sido melhor profissional. Perdão por quaisquer desconfortos causados por mim.

        Que cada um se sinta abraçado muito afetuosamente, e que nossos laços de amizade não se desatem!




   Junho 2005

 
Durval Carvalhal
Enviado por Durval Carvalhal em 03/01/2015
Alterado em 05/01/2015


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