DIA 20, DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
Durval Carvalhal MINHA gente, para com isso! Há um rosário de críticas tolas contra o histórico dia da Consciência Negra, quando há dia comemorativo para todos os lados, fatos, eventos e pessoas.
Há dia nacional da abreugrafia, do leitor, do cabeleireiro, do publicitário, do gráfico, do zelador, do vendedor de livros, da mentira, da cozinheira, do porteiro e afins. Só não pode ter dia comemorativo de um povo brutal e cruelmente escravizado, proibido de ter liberdade, de ter posses, de estudar, de jogar capoeira, de professar sua religião, de tocar violão, de cantar seu samba? É isso? Mesmo alforriado, era proibido de comprar um jegue. Proibido de frequentar até armazém. Não será isso um preconceito tácito e recôndito de quem apenas tolera quem é negro? Erich Fromm já dizia que os negros se sobressaiam mais nas artes e nos esportes, porque não dependia de gente branca para crescer na vida. Vocês já imaginaram o que seria do futebol e da música popular brasileira sem a participação negra? Quem combate uma simples comemoração histórica de um povo que apenas luta por igualdade, mesmo sem querer, referenda o jogo sujo de Lula, que defende a divisão da sociedade brasileira entre negros e brancos. Por fim, não fomos nós que determinamos o feriado do dia da Consciência Negra, que quer dizer, consciência de que todas as pessoas são sujeitas de direito, são livres, são inteligentes e merecedoras de respeito. "Quem não luta por seus direitos é indigno deles". Durval Carvalhal
Enviado por Durval Carvalhal em 18/11/2017
Alterado em 20/11/2017 |