O TETO DA IGREJA DE SÃO FRANCISCO DESABOU.

Durval Carvalhal

          Soube ontem, à tardinha, pelo taxista que me levava para casa que o teto da histórica Igreja do São Francisco havia desabado matando uma turista paulista de 26 anos.

          Logo, voltei-me no tempo e lembrei-me do adolescente que assistia missa nessa majestosa igreja aos domingos pela tarde, sempre recheada de fieis. 

          Em seguida, vieram-me ternas lembranças da famosa TERÇA DA BÊNÇÃO. Uma missa bem concorrida, que atraia centenas de jovens, predominantemente estudantes, cuja paqueração corria solta.

          A igreja ficava entupida de jovens, que se entreolhavam, se curtiam e se paqueravam num frenesi estonteante. Nunca esqueci Jussara, doce e bela cabo verde de Vitória da Conquista, de olhos esverdeados e que tinha apenas 15 anos.

          No curso de MBA em Marketing, durante todo um dia de sábado, tivemos aula de um pós-doutor em Antropologia sobre a história da referenciada entidade religiosa.

          Em outubro do ano passado, levei minha filha, que mora na França, com toda a sua família (marido, filhos e nora) para visitar a famosa igreja aurífera.

          Triste episódio de uma bela, famosa e visitada igreja tombada e abandonada por autoridades irresponsáveis que, certamente, dançavam a valsa de Strauss” “Vinho, mulheres e música”.